sábado, 27 de julho de 2013

Dona Landa do Planalto falece e a cultura popular perde uma de suas maiores representantes




Faleceu na manhã desse sábado –dia 27 de julho(dia do motociclista) – uma das maiores representantes da cultura popular da dessa cidade – Guaxupé. Iolanda Pereira, popularmente conhecida como Landa ou ainda como Xuxa par os mais próximos, estava em Barretos tratando de um câncer severo. Apesar das tentativas de tratamento Landa não resistiu à doença e faleceu hoje pela manhã. Seu corpo foi velado no velório municipal e contou com a presença de diversas autoridades local como o vice-prefeito Dr. Heber Quintela.

Dona Landa foi uma líder comunitária muito conhecida pelo seu engajamento político e sua forma combativa de enfrentar os problemas alheios da comunidade onde vivia. Foi durante muitos anos responsável pelo funcionamento do tradicional time de futebol do bairro Planalto, onde morou praticamente toda sua vida. Foi também grande responsável por manter vivo em sua família uma tradição folclórica que herdou de seus familiares. A folia de reis “Estrela do Oriente” criada e presidida por ela vinha atuando seguidamente como irredutível representante do folclore regional e que agora com sua morte pode estar sendo sepultado junto com a sua criadora. É do conhecimento de todos que esse tipo de manifestação vem sofrendo baixas terríveis por conta de uma cultura massificado e globalizada, e acaba mestre desses que nos deixa, é como um pedaço da nossa cultura ancestral que se vai.

Dona Landa se definia como uma mulher persistente e teimosa que nadava contra a maré da modernidade e com isso manteve viva uma pratica ancestral do catolicismo popular enquanto viveu. Por isso saudamos essa brava mulher guaxupeana e os melhores votos de condolência a todos os familiares dessa mulher guerreira que tombou ainda no campo de batalha.


“Veio de pai para irmão, por que eu era das mais novas... ai meu pai, ele era da linha. Ele era folião né? Inclusive era bastião. Não cantava, ele era igual eu, eu sou a encarregada, a festeira e a embaixadora. Ele era o encarregado, o festeiro e o palhaço, e cantoria num tinha. Só que os filhos deles saiu... dois embaixador e depois veio eu também como foliona, comecei como foliona depois passei a embaixadora.” Trecho de entrevista concedida ao historiador André Luiz Ribeiro em Janeiro de 2007

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